GLAMPING SKIES, decorre da intenção do proprietário em desenvolver alguns acertos de ordem da arquitetura paisagista; do Edifício de Apoio à Piscina; Edifício da Lavandaria; Receção; Casa das Máquinas e Domos, do empreendimento turístico situado no Vale Vilheira, em Estremoz. O cliente que pretende desenvolver uma atividade de serviços de alojamento, enquadrado na tipologia de Parque Campismo e Caravanismo empreendimento turístico, mais concretamente em instalações destinadas ao alojamento tipo Glamping – campismo de retiro, de meditação e contemplação da natureza. É de salientar que o edifício principal do empreendimento anteriormente proposto mantêm se inalterado. O projeto assume se como uma “Uma nuvem branca no meio do vale”. Esta denominação resulta do desenvolvimento de um elemento arquitetónico que se assume como o topo do vale, o lugar mais próximo do céu, transpondo a simplicidade das formas geométricas naturais, simples e por vezes minimalistas de uma nuvem numa paisagem alentejana. O projeto tem como o princípio, “o Homem interage com o ambiente através da perceção, da memoria, da afetividade, do pensamento. Essa interação resulta do contacto direto, do olhar, do cheiro, do som, do tato, que influencia entre outras o nosso bem-estar e apropriação do espaço. A estimulação dos vários órgãos dos sentidos define e influencia o nosso bem-estar.” Deste modo, pretendemos utilizar os sentidos para criar uma atmosfera que proporcione uma sensação/sentimento de bem-estar e que facilite a sua apropriação do espaço. Acreditamos que a arquitetura também pode utilizar esta matéria-prima para criar atmosferas e maneiras deferentes de sentir o espaço. Utilizando os sentidos para interligar as várias dimensões físicas, intelectuais e sentimentais do processo de interação do homem com o ambiente. A intervenção pretende “reabilitar e requalificar o espaço ambiental e natural, com o objetivo de criar um conceito de campismo de menor densidade e ocupação territorial, apostando na qualidade do espaço/ambiente, do conforto, do tempo de lazer”. Pretende-se ainda manter o conceito inicial, de “gerar uma atmosfera e o conforto capazes de propiciar simultaneamente uma interação desinibida e acolhedora, entre o individuo e a Natureza” bem como, o “equilíbrio” das intervenções devem possuir “uma relação caracterizada por uma dinâmica contínua”.