Em 2013, surgiu o desafio de desenvolver o Plano Diretor para o Rangel, um dos municípios mais densos de Luanda.
O Plano baseia-se nos princípios de Cidade Verde, Compacta e Inclusiva, visando a densificação e a libertação de espaço para a natureza e atividades de lazer. O aspeto inclusivo funcionaria à escala do bairro e dos edifícios, através da mistura de vários rendimentos numa mesma unidade urbana, de acordo com a combinação de diferentes tipologias habitacionais. Isto permitiria evitar um dos principais problemas de Luanda: a segregação e exclusão social.
O estudo das áreas a urbanizar/naturalizar teve em consideração as zonas de risco natural (inundações e deslizamentos de terra), que foram tratadas como áreas naturais. A forma dos bairros e dos edifícios favoreceria este fluxo natural que combina natureza, mobilidade, peões, espaço público e, assim, lazer e socialização.
À escala dos edifícios, foram considerados princípios sustentáveis. Os edifícios combinam várias tipologias habitacionais (de 2 a 6 quartos), associadas a diferentes rendimentos, evitando a exclusão social. Cada edifício tem o seu próprio espaço comum para a comunidade, lembrando os bairros e o estilo de vida angolano existente, principalmente ao ar livre. Os edifícios têm telhados verdes para agricultura em pequena escala para cada agregado familiar.