CASA DE SIMÃO DE FONSECA
INTRO
Na pesquisa elaborada juntos dos serviços do Gabinete de Estudos Olisiponense e em análise de cartografia histórica foi possível identificar um conjunto de características importantes de salientar.
Segundo Ferreira de Andrade no livro Palácios Reais de Lisboa de 1949 descreve que na certidão que está junta a uma das verbas do testamento de D. Leonor menciona “e da banda de cima com casas de Simão da Fonseca e com dita Rua. Estando, pois, as casas que D. Leonor legara a seus criados ligadas às de Simão Fonseca (anteriormente haviam pertencido a seu pai João da Fonseca) […].
Desta forma e tendo em conta a planta existente anexa ao livro mencionado apresenta uma configuração semelhante à existente atualmente, contendo um jardim e as construções nele contidas, o que nos leva a crer que o edifício já existia nos princípios do século XVII.
Na Planta de J. Nunes Tinoco (1960) e Carlos Mardel (1756), e que encontra consolidada nas plantas de Filipe Folque (1856/58) e subsequentes, onde o exemplar arquitetónico em apreciação com os respetivos pátios de acesso e logradouro ajardinado se encontram já identificados.”
O sítio onde se localiza o edifício a intervencionar insere-se numa das áreas emblemáticas da cidade de Lisboa. Caracteriza-se por ser uma zona histórica, com um espaço urbano fragmentado, onde de uma forma genérica se encontra um tecido urbano de malha apertada; com lotes de pequena dimensão com frentes de rua reduzida e edifícios do tipo popular com tipologia que se assemelha a pré-pombalina, que coexiste com morfologias e tipologias construtivas posteriores, algumas relativamente recentes.
Esta fragmentação e tipologias, a sua escala e identidade reconhecíveis, bem como a proximidade de elementos de enorme atratividade, como é o Castelo de São Jorge, fazem com que o sítio tenha capacidade e apetência para acolher um uso turístico, na figura de um pequeno hotel, que absorva as caraterísticas da sua envolvente e ofereça os espaços e serviços habituais de um hotel de charme.
O projeto tem como conceito “dar vida à história”, uma narrativa desenvolvida no projeto que consiste na articulação entre duas temporalidades destintas, explorando a “historia” do objeto e, em simultâneo, introduzir uma linguagem e atmosfera contemporânea. Através da interpretação do objeto arquitetónico existente procurámos preservar os elementos da nossa memória coletiva e local. A adição de elementos e o seu redesenho interior teve como princípio a criação de um consenso, um diálogo entre as duas temporalidades. Este diálogo é concretizado na reorganização do interior do edifício existente e na introdução pontual de elementos com linhas contemporâneas. Esta reorganização pontual e redesenho de volumes, de forma subtil e minimalista, procuram não se sobrepor à linguagem existente, destacando a “história” existente.
Pretende-se reabrir vãos, recuperar e respeitar o ritmo e a métrica destes na fachada, enquanto padrão organizador na ampliação proposta e trabalhar a luz, enquanto matéria-prima da arquitetura, reveladora da plasticidade escultórica dos espaços interiores e elemento unificador.
A transformação que se propõe visa a sua adequação ao novo uso de hotel com 9 quartos em suite.
Assim, a organização dos espaços, numa abordagem funcional, resulta da separação das atividades sociais, das atividades privativas e atividades de serviço, alocando a cada zona do edifício a sua função e tornando-as autónomas. Os espaços afetos distribuem-se pelos quatro pisos numa lógica de transição de espaços de acesso e socialização para funções mais íntimas, os quartos.
Segundo Ferreira de Andrade no livro Palácios Reais de Lisboa de 1949 descreve que na certidão que está junta a uma das verbas do testamento de D. Leonor menciona “e da banda de cima com casas de Simão da Fonseca e com dita Rua. Estando, pois, as casas que D. Leonor legara a seus criados ligadas às de Simão Fonseca (anteriormente haviam pertencido a seu pai João da Fonseca) […].
Desta forma e tendo em conta a planta existente anexa ao livro mencionado apresenta uma configuração semelhante à existente atualmente, contendo um jardim e as construções nele contidas, o que nos leva a crer que o edifício já existia nos princípios do século XVII.
Na Planta de J. Nunes Tinoco (1960) e Carlos Mardel (1756), e que encontra consolidada nas plantas de Filipe Folque (1856/58) e subsequentes, onde o exemplar arquitetónico em apreciação com os respetivos pátios de acesso e logradouro ajardinado se encontram já identificados.”
O sítio onde se localiza o edifício a intervencionar insere-se numa das áreas emblemáticas da cidade de Lisboa. Caracteriza-se por ser uma zona histórica, com um espaço urbano fragmentado, onde de uma forma genérica se encontra um tecido urbano de malha apertada; com lotes de pequena dimensão com frentes de rua reduzida e edifícios do tipo popular com tipologia que se assemelha a pré-pombalina, que coexiste com morfologias e tipologias construtivas posteriores, algumas relativamente recentes.
Esta fragmentação e tipologias, a sua escala e identidade reconhecíveis, bem como a proximidade de elementos de enorme atratividade, como é o Castelo de São Jorge, fazem com que o sítio tenha capacidade e apetência para acolher um uso turístico, na figura de um pequeno hotel, que absorva as caraterísticas da sua envolvente e ofereça os espaços e serviços habituais de um hotel de charme.
O projeto tem como conceito “dar vida à história”, uma narrativa desenvolvida no projeto que consiste na articulação entre duas temporalidades destintas, explorando a “historia” do objeto e, em simultâneo, introduzir uma linguagem e atmosfera contemporânea. Através da interpretação do objeto arquitetónico existente procurámos preservar os elementos da nossa memória coletiva e local. A adição de elementos e o seu redesenho interior teve como princípio a criação de um consenso, um diálogo entre as duas temporalidades. Este diálogo é concretizado na reorganização do interior do edifício existente e na introdução pontual de elementos com linhas contemporâneas. Esta reorganização pontual e redesenho de volumes, de forma subtil e minimalista, procuram não se sobrepor à linguagem existente, destacando a “história” existente.
Pretende-se reabrir vãos, recuperar e respeitar o ritmo e a métrica destes na fachada, enquanto padrão organizador na ampliação proposta e trabalhar a luz, enquanto matéria-prima da arquitetura, reveladora da plasticidade escultórica dos espaços interiores e elemento unificador.
A transformação que se propõe visa a sua adequação ao novo uso de hotel com 9 quartos em suite.
Assim, a organização dos espaços, numa abordagem funcional, resulta da separação das atividades sociais, das atividades privativas e atividades de serviço, alocando a cada zona do edifício a sua função e tornando-as autónomas. Os espaços afetos distribuem-se pelos quatro pisos numa lógica de transição de espaços de acesso e socialização para funções mais íntimas, os quartos.
DESENHOS
INFO
Localização: Travessa de São Bartolomeu, Santa Maria Maior, Lisboa
Status: Ongoing
Ano: 2023
Cliente: CQS, LDA
Área: 627.88 m2
Levantamento Topográfico: GEOTRILHO
Levantamento Arquitetónico: GEOTRILHO
Arquitetura: MA Arquitetos
Arquitetura Paisagista: MA Arquitetos
Especialidades: ENGLISPLAN
Arqueologia: COTA 8086
Visualizacoes 3D: MA Arquitetos
Status: Ongoing
Ano: 2023
Cliente: CQS, LDA
Área: 627.88 m2
Levantamento Topográfico: GEOTRILHO
Levantamento Arquitetónico: GEOTRILHO
Arquitetura: MA Arquitetos
Arquitetura Paisagista: MA Arquitetos
Especialidades: ENGLISPLAN
Arqueologia: COTA 8086
Visualizacoes 3D: MA Arquitetos