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SÃO FRANCISCO CONDOMINIUM


INTRO
O sítio é caracterizado como um ponto de transição entre o limite do centro histórico e a zona nova da cidade.
A propriedade confere, devido à sua morfologia e topografia, ao utilizador um sistema de vistas que possibilita contemplar a zona histórica da cidade bem como toda a dinâmica atividade marítima no estuário do sado. Estabelecendo-se assim como o elemento de destaque, transpondo todos os restantes elementos para segundo plano.
O projeto tem como conceito o desenvolvimento de um edifício que se assuma como um elemento uma “habitação sem fronteiras” (virada para o exterior, para o rio Sado).
Esta denominação resulta do desenvolvimento de um objeto arquitetónico que estabelece uma grande permeabilidade entre o exterior e o seu interior, assumindo o seu exterior como uma “tela”, na atividade da habitação. Pretende-se deste modo o esbatimento das fronteiras entre o interior e o exterior envolvente, aproveitando e trabalhando a luz natural, enquanto matéria-prima da arquitetura, reveladora da plasticidade escultórica dos espaços interiores e como elemento unificador.
Este objeto foi desenvolvido de forma a criar uma sucessão de espaços que se interligam com o exterior ao longo de todo o espaço social da habitação.
A organização dos espaços resulta da concentração das atividades mais privadas e noturnas (quartos e instalações sanitárias), libertando ao máximo os espaços para as outras atividades mais sociais, versáteis e diurnas (sala, cozinha e exterior-varanda), ou seja, uma planta livre, que possibilita a alteração do seu conteúdo consoante a vontade do utilizador, aumentando a sua identificação com a casa e otimizando ao mesmo tempo a circulação.
Os diversos enfiamentos visuais acompanham a pessoa ao longo dos espaços arquitetónicos, sendo estes percecionados como um somatório unificado na coerência e continuidade do desenho.
A textura e cor dos volumes caracterizam a linguagem e solução formal adotada, possibilitando a criação de uma unidade formal entre os diferentes volumes referenciando a temporalidade da intervenção.
Deste modo o objeto arquitetónico desenvolve uma articulação entre duas vertentes, explorando a “simplicidade” formal na fachada que confronta com a rua e uma intervenção mais dinâmica na fachada sul, que confronta com a vista sobre a cidade e o estuário do rio sado.
Deste modo a fachada norte é interpretada como “casca” que transpõe a simplicidade e as formas geométricas predominantes nos alçados adjacentes, com o objetivo de interligar o objeto com a sua envolvente de um modo subtil.
Na fachada Sul o objeto arquitetónico reflete a vontade de estabelecer uma grande permeabilidade entre o exterior e no seu interior, assumindo-se o exterior e a dinâmica do estuário do sado e da cidade, como uma “tela” em toda a atividade do edifício.
Esta opção foi desenvolvida de modo a criar uma sucessão de espaços que projetam o utilizador para o exterior ao longo dos diferentes espaços do Edifício. Pretende-se, deste modo, o esbatimento das fronteiras entre a interior e a vista exterior da envolvente.
O embasamento representa a “amarração” do edifício ao solo sendo adaptado um material ligado à imagem da terra. Os corpos balançados apresentam uma variedade volumétrica acentuada pelos materiais utilizados, conferindo-lhe uma coerência compositiva quando lido no seu conjunto.
A proposta volumétrica assenta num jogo de adição e subtração de sólidos, como forma de marcação da sua relação com os espaços qualificados de vivência.
A textura e cor dos volumes reforçam a linguagem e solução formal adotada, possibilitando a criação de uma unidade coerente entre os diferentes volumes e de referenciação da temporalidade da intervenção.
Os diferentes alçados foram tratados de forma a garantir a coerência e unidade do volume, recorrendo-se a uma marcação situada nos vãos nas fachadas, em resposta às necessidades dos espaços contidos. A exteriorização expressiva do volume com 7 pisos é acentuada através de um embasamento que possibilita a hierarquização do volume atribuindo-lhe uma escala de leitura na cidade.

DESENHOS

INFO
Localização: Quinta de São Francisco, Setúbal
Status: Ongoing
Ano: 2024
Cliente: Privado
Área: 1 569,00 m2
Levantamento Topográfico: RUMO33
Arquitetura: MA Arquitetos
Especialidades: JFA Engenharia
Visualizacoes 3D: mest architectural visualization studio