A elaboração do Plano Diretor da Península do Mussulo, iniciada em 2013, teve como objetivo garantir a resiliência da área face à crescente pressão humana e aos efeitos das alterações climáticas. Este território, de grande riqueza natural, é marcado por um contraste entre hotéis e povoações informais que acomodam os trabalhadores, sendo essencial a sua preservação e valorização.
Do ponto de vista urbanístico e arquitetónico, a Península apresenta desafios significativos, como a degradação do património colonial português e os impactos ambientais severos, especialmente devido à erosão e à contaminação das águas da baía de Luanda, que comprometem a saúde pública e os recursos naturais.
A metodologia adotada no plano destacou a importância da participação pública, envolvendo estudantes angolanos, workshops e trabalho de campo para identificar problemas e compreender as necessidades da população. A análise SWOT aplicada a temas como Planeamento, Infraestruturas, Habitação e Economia ajudou a direcionar soluções para melhorar as condições urbanas e arquitetónicas da área, promovendo um desenvolvimento sustentável e inclusivo para a Península do Mussulo.