Entre 2013 e 2016, o nosso grupo participou na elaboração do Plano Metropolitano de Luanda, uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento sustentável da cidade. O foco do nosso trabalho foi a estratégia para o ambiente, regeneração urbana e património.
Um dos principais desafios urbanísticos foi a requalificação das áreas informais (musseques), onde 80% da população vive sem infraestruturas básicas, como água potável, energia e saneamento, o que resultou numa grave vulnerabilidade ambiental. Além disso, a expansão urbana desordenada colocou a população em risco, com construções em áreas sujeitas a cheias e deslizamentos de terra.
No campo arquitetónico, destacámos o património único de Luanda, especialmente o legado do período colonial português, enriquecido pela influência de arquitetos e artistas que, durante a ditadura em Portugal, encontraram refúgio na cidade. Este património cultural e arquitetónico é essencial para a identidade urbana de Luanda.
A nossa abordagem envolveu uma análise profunda da situação atual e do contexto local, com o objetivo de identificar necessidades e oportunidades. Através de trabalho de campo, workshops e inquéritos à população, criámos uma base de dados georreferenciada (SIG), que serviu de suporte ao projeto e será útil para a gestão futura pelas autoridades locais.