A intervenção pretende “reabilitar e requalificar o espaço ambiental e natural, com o objetivo de criar um conceito de um espaço urbano de menor densidade e ocupação territorial, apostando na qualidade do espaço/ambiente, do conforto, do tempo de lazer”. Pretende-se ainda “gerar uma atmosfera e conforto capazes de propiciar simultaneamente uma interação desinibida e acolhedora, entre o individuo e a Natureza” bem como, o “equilíbrio” das intervenções que se pretende que possuam “uma relação caracterizada por uma dinâmica contínua”. Desta forma, o desenho urbano que se apresenta tende à criação de um espaço urbano de qualidade ambiental, preservando o máximo a sua vegetação arbórea, alterando a imagem atual de zona desarticulada e constituindo uma nova unidade de célula urbanística nuclear que se articula com a envolvente predominante verde. Deste modo interpretou-se o “verde” como o elemento primordial e unificador da proposta, desenvolvendo uma solução onde o manto “verde” envolve as zonas habitacionais e que cria espaços de lazer e recriação. Na distribuição dos conjuntos habitacionais no solo foi tido em consideração as características do solo existente, a topografia, a direção e predominância dos ventos de verão, a exposição, os valores da intensidade solar e os desafogos visuais, desenvolvendo uma proposta dinâmica criando um “anfiteatro” que potencia pontos de vista nas habitações e ao mesmo tempo garante a privacidade nas mesmas. A implantação dos edifícios no empreendimento desenvolver-se-á em 20 lotes, sendo 19 relativos a moradias unifamiliares, 1 de habitação plurifamiliar. A solução adotada pretende estabelecer uma transição equilibrada com a envolvente e a futura ocupação adjacente prevista. Apoia-se numa rede viária que estabelece a ligação à rede existente de modo a promover a evolução natural do tecido urbano atual e garantindo a sua futura evolução/continuidade com a concretização do projeto loteamento eficaz existente a norte (Quinta de São Miguel – Norte). A proposta possibilita assim, pela sua configuração um controlo social do espaço público reforçando a segurança do utente no espaço urbano e promovendo a sua utilização. O desenho que se apresenta tende à criação de um espaço de descompressão urbana, de introdução e permeabilidade do meio rural próximo.